sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


Lituânia: Única central nuclear do país encerrada

A única central nuclear da Lituânia foi encerrada quinta-feira antes da meia-noite por razões de segurança, em virtude de um acordo entre Vilnius e a Comissão europeia, anunciou o director do complexo, Viktor Sevaldin.



"Às 23:00 locais, tudo foi encerrado. Tudo decorreu como previsto", declarou Sevaldin, contactado por telefone.

O encerramento da central de Ignalina, complexo com 26 anos, semelhante à que explodiu em 1986 em Chernobil, na Ucrânia, terá como efeito imediato o aumento das tarifas de electricidade na Lituânia e da dependência energética desta ex-república soviética relativamente à Rússia.

Presidente da Assembleia da República defende nuclear no cabaz energético português

O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, considerou no Lisbon Energy Forum que Portugal tem um "mix" energético pouco saudável por não poder contar com a energia nuclear.

"O mix energético português tem características que não são inteiramente saudáveis: não tem energia nuclear e assenta numa forte dependência do petróleo", afirmou Jaime Gama na sessão de encerramento da 2ª conferência Lisbon Energy Forum .

O presidente da Assembleia da República disse ainda que em Portugal "os preços dos combustíveis são muito elevados para as famílias e as empresas" e que "há muito a fazer na eficiência energética".

Jaime Gama afirmou que a dependência de Portugal face ao petróleo é de 55 por cento, acima dos 35 por cento da média da União Europeia, e que "só agora estamos a avançar na hídrica e nas renováveis".


O responsável referiu que 2008 será um ano "extraordinariamente importante para testar o mercado petrolífero", podendo vir a ser o primeiro ano a registar uma quebra do consumo mundial desde 1993.


O ministro da Economia, Manuel Pinho, teve na sessão de abertura uma perspectiva mais positiva da situação energética portuguesa, tendo destacado o salto que o país deu em três anos em termos de potência eólica instalada - de 500 para 2.500 megawatts (MW) - e o programa para a construção de 10 novas barragens que vão permitir aproveitar 70 por cento do potencial hidrico nacional.

O ministro afirmou que Portugal tem condições para se afirmar como líder na criação de um novo modelo energético, baseado nas energias renováveis e com baixa intensidade de carbono.

31 Outubro 2008