quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010


Quercus dá parecer negativo à barragem do Fridão



A associação diz "não ter dúvidas em considerar que os prejuízos para a região e para o país ultrapassam largamente os benefícios de construção deste empreendimento".

A Consulta Pública ao Estudo de Impacte Ambiental do Aproveitamento Hidroeléctrico de Fridão terminou no dia 15 de Fevereiro e a associação ambientalista Quercus entregou o seu parecer muito crítico em relação a esta barragem.

A Quercus exige "a renúncia de construção da barragem de Fridão, uma vez que é bastante claro que os impactes negativos são demasiado relevantes para os fracos benefícios e porque existem alternativas viáveis que não estão a ser consideradas", conclui o comunicado divulgado no site da associação.

São 9 as razões apresentadas pelos ambientalistas para justificar o chumbo da barragem. Destaca-se "o prejuízo para a qualidade da água do Tâmega e a violação da Directiva-Quadro da Água", o facto da produção representar "apenas 0,4% do consumo de electricidade em Portugal", e o esquecimento por parte deste Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da "possibilidade de reforços de potência em barragens já existente", suficientes para alcançar as metas definidas.
A Quercus aponta ainda como negativos "o elevado impacto ao nível da fauna e da flora da região" que causaria a prevista "submersão de centenas de hectares de Reserva Ecológica Nacional, Reserva Agrícola Nacional e até de habitats classificados e prioritários" e o facto do EIA não levar em conta os "impactes cumulativos das 5 novas barragens previstas para a zona".
O comunicado alerta para a "elevada perda socioeconómica para a região" com a construção da barragem, "devido à submersão de relevantes manchas de zonas de produção agrícola e florestal, além de infra-estruturas como praias fluviais, uma ponte romana, uma ETAR, património de interesse público, um parque de campismo, uma pista de canoagem e muitas casas de habitação cujos habitantes terão de ser deslocados".


Por fim, a Quercus lembra que existem "alternativas energéticas mais baratas e com menos impacto para o ambiente, nomeadamente através da promoção da eficiência energética".

0 comentários:

Postar um comentário