quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010


     PORTUGAL - "UMA PEÇA PARA O MUNDO" E "UM MUNDO DE ENERGIAS"

Pequim, 01 Jan (Lusa) - Portugal vai apresentar-se na Expo 2010, em Xangai, como "uma praça para o mundo" e "um mundo de energias", procurando ampliar a posição geoestratégica do país ("porta do Atlântico") e a "criatividade e inovação" dos portugueses.
Para o Comissariado-geral de Portugal, a praça representa "o lugar central da vida e actividades urbanas" e, também, "um território de memória e palco de mudanças".



É um tema "definido e sustentado pela posição geoestratégica de Portugal como porta do Atlântico" e pretende "apresentar ao mundo as suas mais marcantes contribuições para o desenvolvimento futuro do espaço urbano, com destaque para as energias renováveis".



ALUNOS DO SECUNDÁRIO CRIAM PROJECTO DE CADEIRA DE RODAS MOVIDA A ENERGIA SOLAR

Um grupo de alunos da Escola Secundária Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, projectou uma cadeira de rodas elétrica movida a energia solar, uma ideia que querem tirar do papel, mas para a qual não têm fundos.

A ideia destes estudantes, a que chamaram "Seguir o Sol", consiste em "adaptar uma cadeira de rodas manual, para uma cadeira de rodas elétrica, motorizada", aproveitando "a energia solar", com a utilização de "painéis solares, para recarregar as baterias".

Juntando diferentes áreas do saber, os alunos do 11.º ano do curso de Eletrónica, Automação e Comando têm trabalhado em conjunto com o grupo envolvido na Área de Projeto de Física do 12.º ano, que está a estudar as energias renováveis, e com dois professores.

Greenpeace: energias renováveis são o paraíso dos investidores

O investimento em massa em energias renováveis pode dar origem a uma indústria com um facturamento anual de 360 bilhões de dólares, indica um estudo apresentado pela organização ambientalista Greenpeace no dia 27 de Outubro de 2008 , em Berlim.




Esta indústria de energias renováveis forneceria metade da eletricidade mundial e permitiria economizar no futuro 18 trilhões de dólares em gastos de petróleo, além de proteger o clima, de acordo com este relatório que esboça um plano de acção para reduzir as emissões de CO2.

O investimento na proteção do clima é economicamente rentável, afirmou a Greenpeace, reforçando os seus argumentos num momento em que a crise financeira levanta vozes contra os planos de combate ao aquecimento global.



"O mercado mundial de energias renováveis pode aumentar de tal forma que antes de 2050 já teria o tamanho da indústria fóssil de hoje", afirmou Oliver Schaefer, um diretor do Conselho Europeu das Energias Renováveis (EREC), co-autor do projeto junto com o Greenpeace Internacional.
"Actualmente, o mercado de energias renováveis tem um valor de 70 bilhões de dólares e duplica o seu tamanho a cada três anos", acrescentou.
"Por causa da economia de escala, as energias renováveis, como a eólica, já estão em condições de competir com as energias convencionais", acrescentou Schaefer, que garante: não existem barreiras técnicas para este desenvolvimento, mas sim barreiras políticas.


Sven Teske, especialista em energia do Greenpeace e co-autor do relatório, explicou que um investimento mundial de nove trilhões de dólares em energias renováveis criaria um sistema altamente lucrativo e faria despencar as emissões de gases causadores do efeito estufa.
 "Essa crise financeira vai passar, mas a crise climática não vai", destacou, na entrevista coletiva na qual apresentou o estudo "(R)Evolução Energética: uma Perspectiva da Energia num Mundo Sustentável".

Com investimentos dessa ordem, os custos com combustível no futuro também devem cair significativamente - cerca de 18 trilhões de dólares -, as emissões de gases causadores do efeito estufa diminuiriam até 2015 e a média de emissões de CO2 por terráqueo despencaria das atuais quatro toneladas para apenas uma até 2050, segundo o estudo.

"Sobretudo no contexto da actual de instabilidade económica, investir em tecnologia de geração de energias renováveis é um cenário onde todos ganham: ganhamos em segurança energética, ganhamos na economia e ganhamos no clima", estima o relatório, ressaltando que as únicas barreiras que ainda restam para que comece este processo são de natureza política.
Além disso, o Greenpeace acredita que tudo isso pode ser alcançado ao mesmo tempo em que garantirá que China, Índia e outras nações em desenvolvimento tenham acesso a toda a energia de que precisam para se expandir.
"Países como China e Índia estão em uma boa posição para aproveitar a oportunidade trazida pelos enormes investimentos que serão feitos para a revolução energética", indica o director do programa do Greenpeace Internacional.