Portugal procura soluções para a Dependência Energética...
Rede de abastecimento de carros eléctricos em 2011
2009-12-08
Portugal pretende dispor de uma rede nacional de carregamento para veículos eléctricos até meados de 2011, anunciou o Primeiro-Ministro na cerimónia em que foi divulgada a localização em Aveiro da fábrica de baterias para automóveis eléctricos da Nissan-Renault, que representa um investimento de 250 milhões de euros e cria 200 empregos. «Quando chegarem os próximos carros eléctricos de todos os fabricantes, Portugal estará em condições de oferecer aos consumidores, não apenas um preço competitivo, mas também uma rede nacional de carregamento», afirmou José Sócrates. O Governo aprovou, em 3 de Dezembro, o regime da rede de carregamento e um conjunto de incentivos fiscais e financeiros para particulares e empresas que adquiram estes automóveis até 2012.
«Portugal deseja ser o único país do mundo a ter, muito em breve, não apenas uma rede local de abastecimento ou de carregamento de veículos eléctricos, não uma rede numa cidade, mas uma rede verdadeiramente nacional, que abranja todo o território nacional», referiu o PM em Lisboa, na cerimónia de anúncio da localização da fábrica de baterias da Nissan-Renault, que será construída em Cacia, Aveiro. Esta rede não será apenas uma rede nacional de abastecimento, mas também uma rede integrada e com uma gestão centralizada: todos os consumidores, independentemente do seu fornecedor de electricidade, terão acesso a essa rede, afirmou o Chefe do Governo.
Esta rede nacional, integrada e de gestão centralizada será pioneira no mundo e
terá repercussão ambiental e na balança comercial através da redução da importação de produtos petrolíferos. «Desde o início que Portugal apostou no carro eléctrico, porque sempre viu no carro eléctrico uma possibilidade de se afirmar na linha da frente de uma das áreas da energia que vai sofrer nos próximos anos um processo de investigação e desenvolvimento, que vai certamente conduzir à sua afirmação na mobilidade sustentável em todo o mundo», acrescentou.
O PM saudou ainda a decisão da Renault-Nissan de construir uma das duas fábricas de baterias para carros eléctricos na Europa, em Portugal, porque se trata de um investimento estratégico, não só pelo montante e número de postos de trabalho que irá criar, mas também pela aposta nas exportações e pelo «momento de mudança que se vive na nossa economia»: «É a chegada de uma economia mais verde e mais sustentada nas energias renováveis». Devido a esta importância estratégica, o Estado português continuará a ser parceiro da Renault-Nissan.
Referindo-se à Cimeira de Copenhaga sobre as mudança climáticas, José Sócrates afirmou ter «a maior expectativa» de que seja alcançado «um acordo político claro relativamente à redução de emissões em todo o mundo e também àquilo que deve ser a justa distribuição de recursos e o financiamento de algumas economias para mudarem o paradigma económico». «Se este acordo se fizer será um incentivo à aposta nas energias renováveis», sublinhou.
Fonte:http://www.governo.gov.pt/pt/GC18/PrimeiroMinistro/Noticias/Pages/20091208_PM_Not_Mobilidade_Electrica.aspx